A vida está sempre em constante mudança. Há um passado com suas gratas memórias, que nos fazem bem à lembrança, mas existem também as memórias ingratas, que é melhor esquecer, principalmente as memórias das nossas falhas e erros dos outros em relação a nós.
Nosso tempo de hoje é o resultado desse tempo de ontem, mas é também uma breve passagem em direção ao tempo do amanhã, com seus sonhos e seus temores, seus alvos e suas dúvidas, suas aspirações e suas inseguranças. Se não podemos fazer mais nada em relação ao passado, podemos fazer algo pelo futuro: pensar, planejar, decidir, comprometer.
O Ano Novo pode vir a ser um novo ano em nossas respostas à voz de Deus em nossa vida e nos relacionamentos e empreendimentos de que participarmos, como novos objetivos, novos valores, novas prioridades.
Como cidadãos do reino do céu, nossa presença no reino da terra pode contribuir para um mundo novo, menos violento, menos injusto, menos desonesto, menos mentiroso, menos hipócrita, menos opressor, menos discriminador. Podemos ser mais “sal” e mais “luz” para o mundo em 2019?
Entre a avaliação do “Ano Velho” e a construção do novo ano, passamos pela consciência da finitude e do pecado, pela necessidade do arrependimento, pela busca diária e constante da santificação.
Mas como construir o novo em uma sociedade tão marcada pelo velho: o divisionismo, o isolacionismo, a falsidade, o sectarismo, o moralismo, o legalismo, as cismas, as heresias?
Entre a pessoa nova e o mundo novo, há a Igreja nova, a família nova, a comunidade nova, o trabalho novo, o país novo, os hábitos novos e, tantas vezes, pessoas novas ou relacionamentos renovados (feitos novos outra vez!).
Não sejamos meros espectadores do virar do calendário do Ano Novo, mas, em Cristo, construtores do novo ano. Lembrando sempre que nada mudará se nós não mudarmos antes. Seja você a mudança que tanto deseja. Que Deus nos abençoe!
Texto/inspiração: Bp. Anno Domini